São João do Príncipe, depois na República chamada de São João Marcos, teve seu apogeu no ciclo do café e no período escravagista. Mas, ainda no século XX tinha seu brilho e foi ali que nasceu um dos principais prefeitos do Distrito Federal, Pereira Passos, o poeta Ataulfo de Paiva.
O INFORTÚNIO DE SÃO JOÃO
MARCOS-29 DE JUNHO DE 1940
(CORREIO DA MANHÃ)
VAI SER TRANSFERIDA PARA
OUTRO LOCAL A TRADICIONAL VILA FLUMINENSE
A vila de São João Marcos,
no Estado do Rio, está condenada não a desaparecer, mas a ser transferida para
outro local, em virtude da inundação causada pela elevação do nível da barragem
do Ribeirão das Lajes, que serve ao abastecimento desta capital.
Até a pouco, São João
Marcos era cabeça de comarca. A insuficiência de sua arrecadação fez com que
fosse rebaixada, passando a pertencer à municipalidade de Rio Claro, cujo
prefeito vai entrar em entendimento com a população da vila, a fim de
providenciar a sua transferência para outra qualquer localidade, possivelmente
a de Passa Três, correndo as despesas por conta da Light, proprietária do
Ribeirão das Lajes.
Quanto à igreja local, por
um decreto do presidente da República a Light ficou obrigada a mudá-la para um
terreno em que aquele monumento histórico fique a salvo das inundações.
A cidade desapareceu, aumentou a infestação de mosquitos e doenças e os poucos que ali ficaram, morreram ou tiveram que sair. A Igreja Matriz que deveria ser reconstruída em outro lugar pela Light não o foi: um decreto a desobrigou desta incumbência com o pagamento de uma indenização que também não fez a União reconstruir uma nova igreja com o acervo da original.
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