terça-feira, 26 de janeiro de 2016

Da Comissão à Companhia

Com a definição do projeto de uma usina no Salto Funil, o Governo Federal convocou entre os membros participantes da Comissão do Vale do Paraíba aqueles que comporão a empreitada de construção.


MINAS TAMBÉM QUER GANHAR COM PARAÍBA-18 DE DEZEMBRO DE 1959
(TRIBUNA DA IMPRENSA)
O sr. Bias Fortes está interessado na inclusão de parte do território mineiro entre os beneficiados do Plano do Vale do Paraíba que está na Câmara Federal e o Governo mineiro encarregou o sr. Alkmim de tratar dos interesses de Minas.
ASSEMBLEIA FLUMINENSE-30 DE DEZEMBRO DE 1959
(DIÁRIO CARIOCA)
O ato do Governo autorizando a participação do Estado na Companhia Hidrelétrica do Vale do Paraíba, com Cr$ 129 milhões, pagáveis em cotas que se estenderão até 1964, não se achava conforme as determinações da lei, “pois devia ter sido autorizado pela Assembleia”. 
DECRETO Nº 47.870, DE 22 FEVEREIRO DE 1960.
Vincula recursos do Fundo Federal de Eletrificação e dá outras providências.
O PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que lhe confere o Artigo 87, I, da Constituição, e tendo em vista o Artigo 7º da Lei nº 2.994, de 8 de novembro de 1956,
Decreta:
Art. 1º Dos recursos integrantes do Fundo Federal de Eletrificação, criado pela Lei nº 2.308, de 31 de agosto de 1954, fica vinculado ao projeto hidrelétrico do Salto-Funil, no Rio Paraíba, elaborado pela Comissão Especial de Estudos do Salto-Funil, em colaboração com o BNDE, e por este aprovado, montante de Cr$ 1.632.000,00 (um bilhão seiscentos e trinta e dois milhões de cruzeiros).
Art. 2º Fica o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico, como agente da União, autorizado a subscrever ações da Companhia Hidrelétrica do Vale do Paraíba (CHEVAP) em vias de organização, no limite indicado no artigo anterior.
Parágrafo primeiro - O plano de aplicação dos recursos decorrente da tomada de ações de que trata este artigo será acertado entre o BNDE e a CHEVAP.
Parágrafo segundo - O esquema de integralização das ações a serem subscritas na forma deste artigo será:
1960
Cr$ 244.800.000,00
1961
Cr$ 326.400.000,00
1962
Cr$ 408.000.000,00
1963
Cr$ 408.000.000,00
1964
Cr$ 244.800.000,00

Art. 3º Fica o Grupo de Trabalho do Salto-Funil, criado pelo Decreto nº 46.170, de 5 de junho de 1959, autorizado a obter adiantamentos à conta dos recursos ora vinculados, a fim de construir as instalações que se fizerem necessárias para o suprimento de energia às obras do projeto hidrelétrico do Salto-Funil, assim como, para melhorar o abastecimento da cidade de Resende, devendo tomar para isso, todas as medidas executivas que se fizerem necessárias, até a constituição da CHEVAP.
Art. 4º O Ministério da Fazenda expedirá ao Banco do Brasil S. A. os atos complementares à execução do presente Decreto, mediante transferência, à ordem do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e para os fins especificados, da importância mencionada no artigo primeiro, de acordo com o esquema de integralização das ações mencionado no parágrafo segundo do artigo segundo, e com o que preceitua o artigo terceiro.
Parágrafo único. A entrega dos recursos referidos neste artigo será feita em parcelas semestrais, iguais e consecutivas, a partir do primeiro semestre de 1960, sem prejuízo da entrega na época própria, da quantia mínima necessária à subscrição das ações da CHEVAP pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico, no ato da constituição desta empresa, e dos adiantamentos referidos no artigo terceiro.
Art. 5º O presente Decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as disposições em contrário.
Rio de Janeiro, em 22 de fevereiro de 1960; 139º da Independência e 72º da República.
Juscelino Kubitschek
S. Paes de Almeida
Ernani do Amaral Peixoto
Mario Meneghetti
RECURSOS DO FUNDO FEDERAL DE ELETRIFICAÇÃO PARA A CONSTITUIÇÃO DA C.H.V.P.-24 DE FEVEREIRO DE 1960
(JORNAL DO BRASIL)
Atendendo à Exposição de Motivos do Conselho do Desenvolvimento, por meio de seu secretário geral, sr. Lúcio Meira, o presidente da República vem de assinar Decreto autorizando a vinculação de recursos do Fundo Federal de Eletrificação para constituição da Cia. Hidrelétrica do Vale do Paraíba, empresa que deverá executar o projeto hidrelétrico do Salto Funil do Rio Paraíba, ligado ao programa de metas.
IMPORTÂNCIA DO PROJETO
O Conselho do Desenvolvimento, em sua Exposição de Motivos que deu origem à providência executiva ontem tomada pelo sr. Juscelino Kubitschek, destacou o projeto do Salto-Funil como dos de maior urgência no País pela sua localização na região centro-sul, onde a rápida industrialização requer maior suprimento energético.
O projeto do Funil, assim como o de Caraguatatuba, situado no Rio Paraíba, a meio caminho entre os dois maiores centros de consumo do País, ganha especial relevo nesse conjunto. Visa ele a instalação de 210.000 KW de potência em três grupos de 70.000 cada um, e a construção de subestação elevadora e linha de transmissão para Volta Redonda, Resende e Piquete ou Lorena, além de conexão com a linha Fontes-Cubatão que interliga os sistemas de Rio-São Paulo.
O orçamento do projeto, já devidamente autorizado, prevê uma inversão total, no prazo de cinco anos, de Cr$ 2.8 bilhões e mais US$ 12 milhões. A União Federal participará do empreendimento com uma cota de 51% (através de seu agente, o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico), dividindo o restante entre o Estado de São Paulo, Distrito Federal, a Cia. Siderúrgica Nacional, a Rio Light S. A., o Estado do Rio de Janeiro e a Rede Ferroviária Federal.
URGÊNCIA NA EXECUÇÃO
As razões determinantes da urgência na realização do projeto de Salto-Funil são numerosas: além de fazer parte de um plano de regularização do Rio Paraíba, permitirá assegurar, em excepcionais condições, uma elevada descarga permanente apara a Usina Nilo Peçanha, melhorando a produtividade do sistema Rio Light, além de acrescer a potência total de 210.000 KW, ponderável para o abastecimento do sistema Rio-São Paulo. Suprirá ainda de energia elétrica a vasta região do Vale do Paraíba onde se vem instalando muitas indústrias básicas essenciais ao desenvolvimento econômico do País, e atenderá a grandes empreendimentos governamentais como a Usina Siderúrgica de Volta Redonda, a Estrada de Ferro Central do Brasil e o conjunto de fábricas, arsenais e aquartelamentos militares no Vale do Paraíba.
MUNICÍPIOS FAVORECIDOS
Em face das possibilidades de desenvolvimento industrial na Cidade de Resende, resultante especialmente de sua vantajosa posição rodoviária e ferroviária, proximidade de grandes mercados, o adequado suprimento de energia deve estar solucionado antes mesmo de terminada a Usina Salto-Funil: para este fim se construirá de imediato a linha Salto-Resende e uma parte da estação de ligação da futura Usina Salto-Funil com a linha Fontes-São Paulo. Também o abastecimento de Angra dos Reis será contemplado antecipadamente no contexto do projeto Salto-Funil. O decreto presidencial de ontem, autorizando a vinculação de Cr$ 1.632 bilhão do Fundo Federal de Eletrificação ao projeto hidrelétrico Salto-Funil, e a subscrição de ações pelo BNDE são o primeiro passo para a concretização desse novo e grande projeto governamental no setor de energia elétrica.
RECURSOS PARA A USINA DO SALTO DO FUNIL-9 DE MARÇO DE 1960
(CORREIO DA MANHÃ)
O governador fluminense acaba de receber telegrama do presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico, almirante Lúcio Meira, comunicando que o presidente da República acaba de promulgar decreto proposto pelo Conselho do Desenvolvimento dispondo sobre vinculação de recursos do Fundo Federal de Eletrificação para constituição da Companhia Hidrelétrica do Vale do Paraíba.
Com a constituição dessa empresa será construída a Usina do Salto do Funil que virá a possibilitar grande desenvolvimento econômico naquela região, que poderá se transformar num dos maiores parques industriais do país.
EMPRESA ACELERA FUNIL-10 DE MARÇO DE 1960
(DIÁRIO CARIOCA)
“A vinculação do Fundo Federal de Eletrificação às obras de construção da Usina do Salto do Funil, decretada há dias pelo presidente da República, proporcionará um aumento de Cr$ 40 milhões nos recursos daquela empresa e o aceleramento da construção da hidrelétrica”.
Essa declaração foi feita ontem à reportagem pelo sr. Bandeira Vaughan, secretário de Energia Elétrica do Estado do Rio, após informar que da empresa são acionistas, de acordo com a lei que a organizou o Governo Federal, o Estado do Rio, e o de São Paulo, a Rede Ferroviária Federal e agora o Fundo Federal de Eletrificação.
LINHAS ELÉTRICAS
A verba do Fundo Federal de Eletrificação segundo esclareceu o secretário de Energia Elétrica do Estado do Rio será empregada, principalmente, na construção de linhas elétricas nos Municípios de Angra dos Reis, Resende, Mangaratiba e Parati, que hoje são mal abastecidos de hidroenergia, mas que, nesse particular, logo após o funcionamento da Usina do Salto do Funil, ocuparão posição privilegiada. “O Estado do Rio contribuiu com 4% do total dos investimentos para a construção da Usina, em parcelas que serão pagas da seguinte maneira: em 1960, Cr$ 19 milhões e 200 mil; em 1961, Cr$ 25 milhões e 600 mil; em 1962, Cr$ 32 milhões; em 1963, Cr$ 32 milhões e finalmente em 1964, Cr$ 19 milhões e 200 mil”.
Disse ainda que a primeira parcela de dinheiro do FFE para as obras do Salto do Funil, a ser aplicada ainda este ano, será aproximadamente da ordem de Cr$ 70 milhões.
USINA ATÔMICA
Por outro lado, o grupo encarregado dos estudos da construção da Usina Atômica de Angra dos Reis anunciou que no próximo mês, concluirá seus trabalhos em cujos resultados a Comissão de Energia Nuclear se baseará para determinar o início das obras. A usina terá capacidade para produzir 150.000 KW a preços muito mais baixos que o cobrado pelo quilowatt elétrico, representando assim uma efetiva contribuição, segundo conclusão dos técnicos encarregados dos estudos, para o desenvolvimento industrial da região sul-fluminense.
Segundo ainda cálculos feitos pelos técnicos do Conselho Nacional de Pesquisas, o preço do quilowatt produzido pela Usina Atômica será de cerca de Cr$ 1,30, pouco mais da metade do preço de custo do quilowatt hidrelétrico, que é de Cr$ 2,50.
RECURSOS PARA A ELETRIFICAÇÃO DO ESTADO-LÚCIO MEIRA DIRIGE-SE A ROBERTO SILVEIRA-12 DE MARÇO DE 1960
(ÚLTIMA HORA)
O almirante Lúcio Meira, presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico, acaba de redigir ao governador Roberto Silveira a seguinte mensagem telegráfica:
“Apraz-me informar ao prezado governador e eminente amigo que acaba de ser promulgado pelo Exmo. sr. presidente da República, o Decreto proposto pelo Conselho de Desenvolvimento, dispondo sobre a vinculação de recursos do Fundo Federal de Eletrificação, para a constituição da Companhia Hidrelétrica do Vale do Paraíba e execução do Projeto do Salto do Funil. Congratulando-me com o ilustre governador pela próxima concretização dessa importante obra, que será preponderante fator de desenvolvimento econômico de extensa área de nosso Estado, possibilitando sua transformação em um dos maiores parques industriais do País, tenho a satisfação de agradecer decidido apoio de seu Governo as medidas tendentes a realização dessa grande iniciativa”.
Como se vê, dentro do Plano de Eletrificação do governador Roberto Silveira, em franco andamento, e que será um dos pontos altos da sua administração progressiva, já foi criada a Cia. Hidrelétrica do Vale do Paraíba, que contará agora com recursos do Fundo Federal de Eletrificação, o que representa, sem dúvida, uma vitória do jovem governador nacionalista.
INDÚSTRIA APLAUDE HIDRELÉTRICA DO PARAÍBA-13 DE MARÇO DE 1960
(CORREIO DA MANHÃ)
O ministro Ernani do Amaral Peixoto, da pasta da Viação, recebeu do sr. Adelino da Câmara Pinto, presidente da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro, o seguinte telegrama:
“A Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro vem apresentar a V. Exa. em nome da indústria fluminense, as mais calorosas congratulações pela assinatura do Decreto autorizando a vinculação de recursos do Fundo Federal de Eletrificação para constituição da Companhia Hidrelétrica do Vale do Paraíba, empreendimento que virá trazer grande progresso e desenvolvimento industrial a vasta região deste Estado”.
ATOS DO PODER EXECUTIVO-14 DE MARÇO DE 1960
(DOU)
CONSELHO NACIONAL DE ÁGUAS E ENERGIA ELÉTRICA
DECRETO DE 14 DE MARÇO DE 1960
O presidente da República resolve
DESIGNAR:
Usando da atribuição que lhe confere o artigo 187, inciso I, da Constituição e tendo em vista a Exposição de Motivos do Conselho Nacional de Águas e Energia Elétrica, constante do Processo PR-160,
O coronel José Varonil de Albuquerque Lima, do Quadro de Engenheiros Militares e membro do mesmo Conselho, para, sem prejuízo do exercício de suas funções militares exercer as funções militares exercer as funções tanto de coordenador das entidades interessadas na execução do projeto de construção da Usina de Salto, Paredão Funil, no Rio Paraíba, Estado do Rio de Janeiro, como de incorporador da Companhia Hidrelétrica do Vale do Paraíba (C.H.E.V.A.P.).
MUNDO DOS NEGÓCIOS-UH ANTECIPA RELATÓRIO DA CSN A SER APRESENTADO QUINTA-FEIRA-22 DE MARÇO DE 1960
(ÚLTIMA HORA)
(...)
O sr. João Kubitschek de Figueiredo pedirá à Assembleia autorização para que a Diretoria encaminhe negócios no sentido de participação da CSN no capital de três companhias: Hidrelétrica do Vale do Paraíba (Salto Funil); Companhia Ferro e Aço de Vitória; Vatu (fábrica de ferro esponja, subsidiária da Vale do Rio Doce).

COMPANHIA SIDERÚRGICA NACIONAL-4 DE ABRIL DE 1960
(DOU)
Aos 24 dias do mês de março de 1960... décima nona Assembleia Geral Ordinária... f) autorização à Diretoria para que a CSN participe do capital da Cia. Hidrelétrica do Vale do Paraíba – Salto-Funil...

FLUMINENSES TERÃO 10% DA ENERGIA DE SALTO DO FUNIL/GOVERNO DO E. DO RIO COMPRARÁ AÇÕES DA USINA S. DO FUNIL-17 DE JUNHO DE 1960
(DIÁRIO CARIOCA) (CORREIO DA MANHÃ)
NITERÓI- O governador Roberto Silveira enviou mensagem à Assembleia Legislativa pleiteando autorização para subscrever 10% das ações da Cia. Hidrelétrica do Vale do Paraíba S. A. (CHEVAP), num total de Cr$ 320 milhões. Com isso, pretende o Governo fluminense assegurar ao Estado o abastecimento proporcional de 10% da produção da usina de Salto-Funil, cujo potencial é de 200.000 KW.
A CHEVAP nasceu da iniciativa do Governo Federal, que designou um Grupo de Trabalho para o aproveitamento do Salto-Funil, objetivando a construção e a exploração industrial de usinas hidrelétricas no Vale do Paraíba e nas imediações, bem como as respectivas linhas de transmissão e sistemas de distribuição. A Companhia será uma sociedade anônima com a reserva de 51% das ações para a União e o restante pelas entidades mais interessadas, a saber: Estado do Rio de Janeiro, Estado de São Paulo, Estado da Guanabara, Companhia Siderúrgica Nacional, Rio Light S. A. e Rede Ferroviária S. A.
ERAM APENAS 4%
Segundo o esquema proposto pelo Grupo de Trabalho, caberiam ao Estado do Rio apenas 4% das ações, mas o Governo do Estado pleiteou o aumento para 10%, tendo em vista o critério de proporcionalidade adotado para a atribuição de cotas entre os subscritores.
O pagamento do montante da responsabilidade do Estado será feito em cinco anos, sem necessidade de recurso a crédito especial, nem de verba orçamentária, pois como à conta dos fundos federal e estadual de eletrificação.
REGULARIZAÇÃO DO PARAÍBA
A primeira das realizações programadas pela CHEVAP é a construção da Usina Hidrelétrica de Salto-Funil, no Município de Resende (200.000 KW), assegurando a regularização parcial das descargas do Rio Paraíba, com aumento de seu volume d´água nos meses de seca e dessa forma procurando pela primeira vez resolver um problema que de há muito aflige o povo fluminense.

HIDRELÉTRICA DO PARAÍBA NOVA ESTRUTURA HOJE-22 DE JUNHO DE 1960
(TRIBUNA DA IMPRENSA)
SÃO PAULO, 22 (Sucursal) – A Companhia do Vale do Paraíba será estruturada oficialmente hoje. É de economia mista e se destina a executar, entre outras coisas, as obras da Usina de Salto Funil.
Será construída também a Usina Hidrelétrica de Caraguatatuba, que depende da empresa do Vale do Paraíba.
AÇÕES
O Governo Federal participa da sociedade com 51% das ações, através do BNDE. Os Governos dos Estados de São Paulo, Rio e Guanabara participarão com 10% e os restantes 39% das ações, vão ser integralizados pela Siderúrgica de Volta Redonda, Rede Ferroviária Federal e Rio Light.
SALTO FUNIL
É de 210.000 KW a capacidade energética da Usina de Salto Funil. As cotas de energia serão distribuídas de acordo com os investimentos.
O aumento do potencial hidrelétrico, em São Paulo, dizem os técnicos da CHEVAP, será de 500.000 KW (regularização do Rio Paraíba).

BOLSA DE NOTÍCIAS-HIDRELÉTRICA DO VALE DO PARAÍBA-24 DE JUNHO DE 1960
(CORREIO DA MANHÃ)
Foi constituída ontem a Companhia Hidrelétrica do Vale do Paraíba, da qual participam o Governo Federal, através do BNDE, os Governos dos Estados de São Paulo, Rio e Estado da Guanabara (os três com 10% das ações), Companhia Siderúrgica; Rede Ferroviária Federal e Companhia Rio Light (39%). O BNDE participará com 51% de ações.
A hidrelétrica executará, entre outras, as obras da Usina do Salto do Funil (210.000 KW), cujas obras permitirão a seguir a regularização do Rio Paraíba e a construção da Hidrelétrica de Caraguatatuba, que permitirá a extensão do fornecimento de energia elétrica a todo o Vale do Paraíba, Rio e São Paulo.

DESPACHOS DO PRESIDENTE DA REPÚBLICA-30 DE AGOSTO DE 1960
(DOU)
CONSELHO NACIONAL DE ÁGUAS E ENERGIA ELÉTRICA
EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS
PR 28.517-60 – Nº  519, SCm, de 19 de agosto de 1960. Encarece urgência no sentido de que seja constituída a sociedade de economia mista COMPANHIA HIDRELÉTRICA DO VALE DO PARAÍBA (CHEVAP), com o encargo de executar as obras projetadas para o aproveitamento da energia hidráulica para o aproveitamento da energia hidráulica do Salto Funil, no curso médio do Rio Paraíba. “De acordo. Fixo o dia 9-9-60 para a constituição da CHEVAP. Notifique-se o BNDE. Em 30 de agosto de 1960”. (Rest. Proc. ao CNAEE em 31-8-60).
CHEVAP-1º DE SETEMBRO DE 1960
(O GLOBO)
O presidente da República fixou o dia 9 do corrente para a constituição da sociedade de economia mista Companhia Hidrelétrica do Vale do Paraíba (CHEVAP), com o encargo de executar as obras projetadas para o aproveitamento da energia hidráulica do Salto Funil, no curso médio do Rio Paraíba.
CENTRAL TEM NOVO CHEFE DE GABINETE-4 DE SETEMBRO DE 1960
(DIÁRIO CARIOCA)
RIO – O engenheiro William Paulo Maciel assumiu, ontem, pela manhã, o cargo de chefe de gabinete do diretor da Estrada de Ferro Central do Brasil, para que foi nomeado em substituição ao engenheiro Oto Novais, aposentado após 40 anos de serviço.
O sr. William Paulo Maciel, que é professor auxiliar do Instituto de Eletrotécnica da Universidade do Brasil e professor de Viação da Escola Nacional de Engenharia, ocupava desde 1959 a chefia do Departamento do Pessoal da Central.
SALTO FUNIL
O novo chefe de gabinete da Diretoria da Central participou da Comissão que preparou o projeto de aproveitamento hidrelétrico do Salto Funil, do qual resultará na semana que vem a constituição de uma empresa, a “CHEVAP”, segundo planos já aprovados pelo Conselho Nacional de Águas e Energia Elétrica e pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico.
A serviço da Comissão, o sr. Maciel esteve em 1958 em Portugal, França, Alemanha e Itália acompanhando trabalhos encomendados no estrangeiro sobre o aproveitamento do Salto Funil. Ingressou na Central do Brasil em 1947, como praticante técnico; em 1953, chefiou a 1ª Inspetoria Regional de Eletrônica e, 1955, dirigiu a Estrada de Ferro Teresa Cristina.
A solenidade de posse foi presidida pelo diretor da Central do Brasil, sr. Jorge de Abreu Schilling e assistida por outros altos funcionários.
COLUNA GUANABARA DIA A DIA-CRÉDITO DE 48 MILHÕES PARA SOCIEDADE MISTA-12 DE SETEMBRO DE 1960
(ÚLTIMA HORA)
O sr. Sette Câmara enviou mensagem à Assembleia Legislativa pedindo abertura de um crédito de Cr$ 48 milhões para a participação do Estado da Guanabara na sociedade de economia mista, criada pelo Governo Federal, para aproveitamento hidrelétrico do Salto do Funil, no Rio Paraíba, Estado do Rio de Janeiro.

DIRETORIA TOMA POSSE-28 DE SETEMBRO DE 1960
(DIÁRIO DE NOTÍCIAS)
Tomou posse a primeira diretoria da Cia. Hidrelétrica do Vale do Paraíba, assim constituída: presidente, José Varonil de Albuquerque Lima; vice-presidente, Luís Gonzaga de Aquino; diretor-administrativo, Augusto de Carvalho; diretor-técnico, Léo Ferraz; diretor-comercial, Arino de Mattos e diretor-financeiro, Álvaro Lameiras. Os acionistas principais são o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e os Estados de São Paulo, do Rio e Guanabara (10% cada).
REPRESENTANTE DA RFF NO CONSELHO DA HIDRELÉTRICA DO VALE DO RIO PARAÍBA-30 DE SETEMBRO DE 1960
(CORREIO DA MANHÃ)
Para representar a Rede Ferroviária Federal no Conselho de Administração da Companhia Hidrelétrica do Vale do Paraíba, a Diretoria da empresa indicou o engenheiro William Paulo Maciel, técnico da Central do Brasil.
Colaborando desde o início, com a iniciativa que visa o desenvolvimento da importante bacia hidrográfica, aquele engenheiro representou a RFF no ato da constituição da nova empresa hidrelétrica, realizado no BNDE. A RFF participará com 3% do capital da empresa.
HIDRELÉTRICA DO VALE DO PARAÍBA-OUTUBRO DE 1960
(REVISTA DA ASSOCIAÇÃO COMERCIAL)
Criada recentemente e tendo como acionista o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico (51%), Estados de São Paulo, Rio e Guanabara (10% cada), Cia. Siderúrgica Nacional (8%), Rio Light (8%) e Rede Ferroviária Federal (3%), a Cia. Hidrelétrica do Vale do Paraíba realizou a posse de sua primeira diretoria, que é a seguinte: José Varonil de Albuquerque Lima, presidente; Luiz Gonzaga de Aquino, vice-presidente; Augusto de Carvalho, diretor-administrativo; Léo Ferraz, diretor-técnico; Arino de Mattos, diretor-comercial e Álvaro Lameiras, diretor-financeiro.
A parte inicial dos trabalhos da Companhia Hidrelétrica do Vale do Paraíba será a construção da Usina do Salto-Funil, no Município de Resende, com capacidade para 210.000 KW, além de contribuir para a regularização do regime do Paraíba.
COLUNA INTERIOR FLUMINENSE-PLATAFORMA DO PARAÍBA NO ESTADO DO RIO-12 DE OUTUBRO DE 1960
(ÚLTIMA HORA)
Segundo revelações feitas por fontes autorizadas do Ministério da Viação e do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico, o Governo do sr. Juscelino Kubitschek pretende deixar para seu sucessor inteiramente completado o planejamento técnico do aproveitamento hidrelétrico do Paraíba, a transformação do Vale numa das maiores plataformas industriais do Hemisfério. O órgão executor do grande planejamento é a Companhia Hidrelétrica do Vale do Paraíba, sociedade de economia mista já constituída com a participação da União, do Estado do Rio e de autarquias, estando em fase de legalização jurídica para próximo funcionamento.
DIRETORIA DO PESSOAL DA ATIVA DO EXÉRCITO-NOMEAÇÃO-13 DE OUTUBRO DE 1960
(CORREIO DA MANHÃ)
Pelo ministro –Nomeação- O major de infantaria “T” Hermelindo Pulchério, para, sem prejuízo das suas funções representar o Ministério da Guerra como membro do Conselho de Administração da Companhia Hidrelétrica do Vale do Paraíba, de acordo com a letra “b” do artigo 27, Capítulo VI, dos Estatutos da referida Companhia.

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