Com a definição do projeto de uma usina no Salto Funil, o Governo Federal convocou entre os membros participantes da Comissão do Vale do Paraíba aqueles que comporão a empreitada de construção.
MINAS TAMBÉM QUER GANHAR COM
PARAÍBA-18 DE DEZEMBRO DE 1959
(TRIBUNA DA IMPRENSA)
O sr. Bias Fortes está
interessado na inclusão de parte do território mineiro entre os beneficiados do
Plano do Vale do Paraíba que está na Câmara Federal e o Governo mineiro
encarregou o sr. Alkmim de tratar dos interesses de Minas.
ASSEMBLEIA FLUMINENSE-30 DE
DEZEMBRO DE 1959
(DIÁRIO CARIOCA)
O ato do Governo autorizando
a participação do Estado na Companhia Hidrelétrica do Vale do Paraíba, com Cr$ 129
milhões, pagáveis em cotas que se estenderão até 1964, não se achava conforme
as determinações da lei, “pois devia ter
sido autorizado pela Assembleia”.
DECRETO
Nº 47.870, DE 22 FEVEREIRO DE 1960.
Vincula recursos do Fundo Federal de Eletrificação
e dá outras providências.
O
PRESIDENTE DA REPÚBLICA, usando da atribuição que lhe confere o
Artigo 87, I, da Constituição, e tendo em vista o Artigo 7º da Lei nº 2.994, de
8 de novembro de 1956,
Decreta:
Art. 1º
Dos recursos integrantes do Fundo Federal de Eletrificação, criado pela Lei nº
2.308, de 31 de agosto de 1954, fica vinculado ao projeto hidrelétrico do
Salto-Funil, no Rio Paraíba, elaborado pela Comissão Especial de Estudos do
Salto-Funil, em colaboração com o BNDE, e por este aprovado, montante de Cr$ 1.632.000,00
(um bilhão seiscentos e trinta e dois milhões de cruzeiros).
Art. 2º
Fica o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico, como agente da União,
autorizado a subscrever ações da Companhia Hidrelétrica do Vale do Paraíba
(CHEVAP) em vias de organização, no limite indicado no artigo anterior.
Parágrafo primeiro - O plano
de aplicação dos recursos decorrente da tomada de ações de que trata este
artigo será acertado entre o BNDE e a CHEVAP.
Parágrafo segundo - O
esquema de integralização das ações a serem subscritas na forma deste artigo
será:
1960
|
Cr$ 244.800.000,00
|
1961
|
Cr$ 326.400.000,00
|
1962
|
Cr$ 408.000.000,00
|
1963
|
Cr$ 408.000.000,00
|
1964
|
Cr$ 244.800.000,00
|
Art. 3º
Fica o Grupo de Trabalho do Salto-Funil, criado pelo Decreto nº 46.170, de 5 de
junho de 1959, autorizado a obter adiantamentos à conta dos recursos ora
vinculados, a fim de construir as instalações que se fizerem necessárias para o
suprimento de energia às obras do projeto hidrelétrico do Salto-Funil, assim
como, para melhorar o abastecimento da cidade de Resende, devendo tomar para
isso, todas as medidas executivas que se fizerem necessárias, até a
constituição da CHEVAP.
Art. 4º
O Ministério da Fazenda expedirá ao Banco do Brasil S. A. os atos
complementares à execução do presente Decreto, mediante transferência, à ordem
do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico e para os fins especificados, da
importância mencionada no artigo primeiro, de acordo com o esquema de
integralização das ações mencionado no parágrafo segundo do artigo segundo, e
com o que preceitua o artigo terceiro.
Parágrafo único. A entrega
dos recursos referidos neste artigo será feita em parcelas semestrais, iguais e
consecutivas, a partir do primeiro semestre de 1960, sem prejuízo da entrega na
época própria, da quantia mínima necessária à subscrição das ações da CHEVAP
pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico, no ato da constituição desta
empresa, e dos adiantamentos referidos no artigo terceiro.
Art. 5º
O presente Decreto entrará em vigor na data de sua publicação, revogadas as
disposições em contrário.
Rio de Janeiro, em 22 de
fevereiro de 1960; 139º da Independência e 72º da República.
Juscelino
Kubitschek
S. Paes de Almeida
Ernani do Amaral Peixoto
Mario Meneghetti
RECURSOS DO FUNDO FEDERAL DE
ELETRIFICAÇÃO PARA A CONSTITUIÇÃO DA C.H.V.P.-24 DE FEVEREIRO DE 1960
(JORNAL DO BRASIL)
Atendendo à Exposição de
Motivos do Conselho do Desenvolvimento, por meio de seu secretário geral, sr.
Lúcio Meira, o presidente da República vem de assinar Decreto autorizando a
vinculação de recursos do Fundo Federal de Eletrificação para constituição da
Cia. Hidrelétrica do Vale do Paraíba, empresa que deverá executar o projeto
hidrelétrico do Salto Funil do Rio Paraíba, ligado ao programa de metas.
IMPORTÂNCIA DO PROJETO
O Conselho do
Desenvolvimento, em sua Exposição de Motivos que deu origem à providência
executiva ontem tomada pelo sr. Juscelino Kubitschek, destacou o projeto do Salto-Funil
como dos de maior urgência no País pela sua localização na região centro-sul,
onde a rápida industrialização requer maior suprimento energético.
O projeto do Funil, assim
como o de Caraguatatuba, situado no Rio Paraíba, a meio caminho entre os dois
maiores centros de consumo do País, ganha especial relevo nesse conjunto. Visa
ele a instalação de 210.000 KW de potência em três grupos de 70.000 cada um, e
a construção de subestação elevadora e linha de transmissão para Volta Redonda,
Resende e Piquete ou Lorena, além de conexão com a linha Fontes-Cubatão que
interliga os sistemas de Rio-São Paulo.
O orçamento do projeto, já
devidamente autorizado, prevê uma inversão total, no prazo de cinco anos, de
Cr$ 2.8 bilhões e mais US$ 12 milhões. A União Federal participará do
empreendimento com uma cota de 51% (através de seu agente, o Banco Nacional do
Desenvolvimento Econômico), dividindo o restante entre o Estado de São Paulo,
Distrito Federal, a Cia. Siderúrgica Nacional, a Rio Light S. A., o Estado do
Rio de Janeiro e a Rede Ferroviária Federal.
URGÊNCIA NA EXECUÇÃO
As razões determinantes da
urgência na realização do projeto de Salto-Funil são numerosas: além de fazer
parte de um plano de regularização do Rio Paraíba, permitirá assegurar, em
excepcionais condições, uma elevada descarga permanente apara a Usina Nilo
Peçanha, melhorando a produtividade do sistema Rio Light, além de acrescer a
potência total de 210.000 KW, ponderável para o abastecimento do sistema
Rio-São Paulo. Suprirá ainda de energia elétrica a vasta região do Vale do
Paraíba onde se vem instalando muitas indústrias básicas essenciais ao
desenvolvimento econômico do País, e atenderá a grandes empreendimentos
governamentais como a Usina Siderúrgica de Volta Redonda, a Estrada de Ferro
Central do Brasil e o conjunto de fábricas, arsenais e aquartelamentos
militares no Vale do Paraíba.
MUNICÍPIOS FAVORECIDOS
Em face das possibilidades
de desenvolvimento industrial na Cidade de Resende, resultante especialmente de
sua vantajosa posição rodoviária e ferroviária, proximidade de grandes
mercados, o adequado suprimento de energia deve estar solucionado antes mesmo
de terminada a Usina Salto-Funil: para este fim se construirá de imediato a
linha Salto-Resende e uma parte da estação de ligação da futura Usina
Salto-Funil com a linha Fontes-São Paulo. Também o abastecimento de Angra dos
Reis será contemplado antecipadamente no contexto do projeto Salto-Funil. O decreto
presidencial de ontem, autorizando a vinculação de Cr$ 1.632 bilhão do Fundo
Federal de Eletrificação ao projeto hidrelétrico Salto-Funil, e a subscrição de
ações pelo BNDE são o primeiro passo para a concretização desse novo e grande
projeto governamental no setor de energia elétrica.
RECURSOS PARA A USINA DO
SALTO DO FUNIL-9 DE MARÇO DE 1960
(CORREIO DA MANHÃ)
O governador fluminense
acaba de receber telegrama do presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento
Econômico, almirante Lúcio Meira, comunicando que o presidente da República
acaba de promulgar decreto proposto pelo Conselho do Desenvolvimento dispondo
sobre vinculação de recursos do Fundo Federal de Eletrificação para
constituição da Companhia Hidrelétrica do Vale do Paraíba.
Com a constituição dessa
empresa será construída a Usina do Salto do Funil que virá a possibilitar
grande desenvolvimento econômico naquela região, que poderá se transformar num
dos maiores parques industriais do país.
EMPRESA ACELERA FUNIL-10 DE
MARÇO DE 1960
(DIÁRIO CARIOCA)
“A
vinculação do Fundo Federal de Eletrificação às obras de construção da Usina do
Salto do Funil, decretada há dias pelo presidente da República, proporcionará
um aumento de Cr$ 40 milhões nos recursos daquela empresa e o aceleramento da
construção da hidrelétrica”.
Essa declaração foi feita
ontem à reportagem pelo sr. Bandeira Vaughan, secretário de Energia Elétrica do
Estado do Rio, após informar que da empresa são acionistas, de acordo com a lei
que a organizou o Governo Federal, o Estado do Rio, e o de São Paulo, a Rede
Ferroviária Federal e agora o Fundo Federal de Eletrificação.
LINHAS ELÉTRICAS
A verba do Fundo Federal de
Eletrificação segundo esclareceu o secretário de Energia Elétrica do Estado do
Rio será empregada, principalmente, na construção de linhas elétricas nos Municípios
de Angra dos Reis, Resende, Mangaratiba e Parati, que hoje são mal abastecidos
de hidroenergia, mas que, nesse particular, logo após o funcionamento da Usina
do Salto do Funil, ocuparão posição privilegiada. “O Estado do Rio contribuiu com 4% do total dos investimentos para a
construção da Usina, em parcelas que serão pagas da seguinte maneira: em 1960,
Cr$ 19 milhões e 200 mil; em 1961, Cr$ 25 milhões e 600 mil; em 1962, Cr$ 32
milhões; em 1963, Cr$ 32 milhões e finalmente em 1964, Cr$ 19 milhões e 200
mil”.
Disse ainda que a primeira
parcela de dinheiro do FFE para as obras do Salto do Funil, a ser aplicada
ainda este ano, será aproximadamente da ordem de Cr$ 70 milhões.
USINA ATÔMICA
Por outro lado, o grupo
encarregado dos estudos da construção da Usina Atômica de Angra dos Reis
anunciou que no próximo mês, concluirá seus trabalhos em cujos resultados a
Comissão de Energia Nuclear se baseará para determinar o início das obras. A
usina terá capacidade para produzir 150.000 KW a preços muito mais baixos que o
cobrado pelo quilowatt elétrico, representando assim uma efetiva contribuição, segundo
conclusão dos técnicos encarregados dos estudos, para o desenvolvimento
industrial da região sul-fluminense.
Segundo ainda cálculos
feitos pelos técnicos do Conselho Nacional de Pesquisas, o preço do quilowatt
produzido pela Usina Atômica será de cerca de Cr$ 1,30, pouco mais da metade do
preço de custo do quilowatt hidrelétrico, que é de Cr$ 2,50.
RECURSOS PARA A
ELETRIFICAÇÃO DO ESTADO-LÚCIO MEIRA DIRIGE-SE A ROBERTO SILVEIRA-12 DE MARÇO DE
1960
(ÚLTIMA HORA)
O almirante Lúcio Meira,
presidente do Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico, acaba de redigir ao
governador Roberto Silveira a seguinte mensagem telegráfica:
“Apraz-me
informar ao prezado governador e eminente amigo que acaba de ser promulgado
pelo Exmo. sr. presidente da República, o Decreto proposto pelo Conselho de
Desenvolvimento, dispondo sobre a vinculação de recursos do Fundo Federal de
Eletrificação, para a constituição da Companhia Hidrelétrica do Vale do Paraíba
e execução do Projeto do Salto do Funil. Congratulando-me com o ilustre
governador pela próxima concretização dessa importante obra, que será
preponderante fator de desenvolvimento econômico de extensa área de nosso
Estado, possibilitando sua transformação em um dos maiores parques industriais
do País, tenho a satisfação de agradecer decidido apoio de seu Governo as
medidas tendentes a realização dessa grande iniciativa”.
Como se vê, dentro do Plano
de Eletrificação do governador Roberto Silveira, em franco andamento, e que
será um dos pontos altos da sua administração progressiva, já foi criada a Cia.
Hidrelétrica do Vale do Paraíba, que contará agora com recursos do Fundo
Federal de Eletrificação, o que representa, sem dúvida, uma vitória do jovem
governador nacionalista.
INDÚSTRIA APLAUDE
HIDRELÉTRICA DO PARAÍBA-13 DE MARÇO DE 1960
(CORREIO DA MANHÃ)
O ministro Ernani do Amaral
Peixoto, da pasta da Viação, recebeu do sr. Adelino da Câmara Pinto, presidente
da Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro, o seguinte telegrama:
“A
Federação das Indústrias do Estado do Rio de Janeiro vem apresentar a V. Exa.
em nome da indústria fluminense, as mais calorosas congratulações pela
assinatura do Decreto autorizando a vinculação de recursos do Fundo Federal de
Eletrificação para constituição da Companhia Hidrelétrica do Vale do Paraíba,
empreendimento que virá trazer grande progresso e desenvolvimento industrial a
vasta região deste Estado”.
ATOS DO PODER EXECUTIVO-14
DE MARÇO DE 1960
(DOU)
CONSELHO NACIONAL DE ÁGUAS E
ENERGIA ELÉTRICA
DECRETO DE 14 DE MARÇO DE
1960
O presidente da República
resolve
DESIGNAR:
Usando da atribuição que lhe
confere o artigo 187, inciso I, da Constituição e tendo em vista a Exposição de
Motivos do Conselho Nacional de Águas e Energia Elétrica, constante do Processo
PR-160,
O coronel José Varonil de
Albuquerque Lima, do Quadro de Engenheiros Militares e membro do mesmo
Conselho, para, sem prejuízo do exercício de suas funções militares exercer as
funções militares exercer as funções tanto de coordenador das entidades
interessadas na execução do projeto de construção da Usina de Salto, Paredão
Funil, no Rio Paraíba, Estado do Rio de Janeiro, como de incorporador da
Companhia Hidrelétrica do Vale do Paraíba (C.H.E.V.A.P.).
MUNDO DOS NEGÓCIOS-UH
ANTECIPA RELATÓRIO DA CSN A SER APRESENTADO QUINTA-FEIRA-22 DE MARÇO DE 1960
(ÚLTIMA HORA)
(...)
O sr. João Kubitschek de
Figueiredo pedirá à Assembleia autorização para que a Diretoria encaminhe
negócios no sentido de participação da CSN no capital de três companhias:
Hidrelétrica do Vale do Paraíba (Salto Funil); Companhia Ferro e Aço de
Vitória; Vatu (fábrica de ferro esponja, subsidiária da Vale do Rio Doce).
COMPANHIA SIDERÚRGICA
NACIONAL-4 DE ABRIL DE 1960
(DOU)
Aos 24 dias do mês de março
de 1960... décima nona Assembleia Geral Ordinária... f) autorização à Diretoria
para que a CSN participe do capital da Cia. Hidrelétrica do Vale do Paraíba –
Salto-Funil...
FLUMINENSES TERÃO 10% DA
ENERGIA DE SALTO DO FUNIL/GOVERNO DO E. DO RIO COMPRARÁ AÇÕES DA USINA S. DO
FUNIL-17 DE JUNHO DE 1960
(DIÁRIO CARIOCA) (CORREIO DA
MANHÃ)
NITERÓI- O governador
Roberto Silveira enviou mensagem à Assembleia Legislativa pleiteando
autorização para subscrever 10% das ações da Cia. Hidrelétrica do Vale do
Paraíba S. A. (CHEVAP), num total de Cr$ 320 milhões. Com isso, pretende o Governo
fluminense assegurar ao Estado o abastecimento proporcional de 10% da produção
da usina de Salto-Funil, cujo potencial é de 200.000 KW.
A CHEVAP nasceu da
iniciativa do Governo Federal, que designou um Grupo de Trabalho para o
aproveitamento do Salto-Funil, objetivando a construção e a exploração
industrial de usinas hidrelétricas no Vale do Paraíba e nas imediações, bem
como as respectivas linhas de transmissão e sistemas de distribuição. A
Companhia será uma sociedade anônima com a reserva de 51% das ações para a
União e o restante pelas entidades mais interessadas, a saber: Estado do Rio de
Janeiro, Estado de São Paulo, Estado da Guanabara, Companhia Siderúrgica
Nacional, Rio Light S. A. e Rede Ferroviária S. A.
ERAM APENAS 4%
Segundo o esquema proposto
pelo Grupo de Trabalho, caberiam ao Estado do Rio apenas 4% das ações, mas o Governo
do Estado pleiteou o aumento para 10%, tendo em vista o critério de
proporcionalidade adotado para a atribuição de cotas entre os subscritores.
O pagamento do montante da
responsabilidade do Estado será feito em cinco anos, sem necessidade de recurso
a crédito especial, nem de verba orçamentária, pois como à conta dos fundos
federal e estadual de eletrificação.
REGULARIZAÇÃO DO PARAÍBA
A primeira das realizações
programadas pela CHEVAP é a construção da Usina Hidrelétrica de Salto-Funil, no
Município de Resende (200.000 KW), assegurando a regularização parcial das
descargas do Rio Paraíba, com aumento de seu volume d´água nos meses de seca e
dessa forma procurando pela primeira vez resolver um problema que de há muito
aflige o povo fluminense.
HIDRELÉTRICA DO PARAÍBA NOVA
ESTRUTURA HOJE-22 DE JUNHO DE 1960
(TRIBUNA DA IMPRENSA)
SÃO PAULO, 22 (Sucursal) – A
Companhia do Vale do Paraíba será estruturada oficialmente hoje. É de economia
mista e se destina a executar, entre outras coisas, as obras da Usina de Salto
Funil.
Será construída também a
Usina Hidrelétrica de Caraguatatuba, que depende da empresa do Vale do Paraíba.
AÇÕES
O Governo Federal participa
da sociedade com 51% das ações, através do BNDE. Os Governos dos Estados de São
Paulo, Rio e Guanabara participarão com 10% e os restantes 39% das ações, vão
ser integralizados pela Siderúrgica de Volta Redonda, Rede Ferroviária Federal
e Rio Light.
SALTO FUNIL
É de 210.000 KW a capacidade
energética da Usina de Salto Funil. As cotas de energia serão distribuídas de
acordo com os investimentos.
O aumento do potencial
hidrelétrico, em São Paulo, dizem os técnicos da CHEVAP, será de 500.000 KW
(regularização do Rio Paraíba).
BOLSA DE
NOTÍCIAS-HIDRELÉTRICA DO VALE DO PARAÍBA-24 DE JUNHO DE 1960
(CORREIO DA MANHÃ)
Foi constituída ontem a
Companhia Hidrelétrica do Vale do Paraíba, da qual participam o Governo Federal,
através do BNDE, os Governos dos Estados de São Paulo, Rio e Estado da
Guanabara (os três com 10% das ações), Companhia Siderúrgica; Rede Ferroviária
Federal e Companhia Rio Light (39%). O BNDE participará com 51% de ações.
A hidrelétrica executará,
entre outras, as obras da Usina do Salto do Funil (210.000 KW), cujas obras
permitirão a seguir a regularização do Rio Paraíba e a construção da
Hidrelétrica de Caraguatatuba, que permitirá a extensão do fornecimento de
energia elétrica a todo o Vale do Paraíba, Rio e São Paulo.
DESPACHOS DO PRESIDENTE DA
REPÚBLICA-30 DE AGOSTO DE 1960
(DOU)
CONSELHO NACIONAL DE ÁGUAS E
ENERGIA ELÉTRICA
EXPOSIÇÃO DE MOTIVOS
PR 28.517-60 – Nº 519, SCm, de 19 de agosto de 1960. Encarece
urgência no sentido de que seja constituída a sociedade de economia mista
COMPANHIA HIDRELÉTRICA DO VALE DO PARAÍBA (CHEVAP), com o encargo de executar
as obras projetadas para o aproveitamento da energia hidráulica para o
aproveitamento da energia hidráulica do Salto Funil, no curso médio do Rio
Paraíba. “De acordo. Fixo o dia 9-9-60 para a constituição da CHEVAP.
Notifique-se o BNDE. Em 30 de agosto de 1960”. (Rest. Proc. ao CNAEE em
31-8-60).
CHEVAP-1º DE SETEMBRO DE
1960
(O GLOBO)
O presidente da República
fixou o dia 9 do corrente para a constituição da sociedade de economia mista
Companhia Hidrelétrica do Vale do Paraíba (CHEVAP), com o encargo de executar
as obras projetadas para o aproveitamento da energia hidráulica do Salto Funil,
no curso médio do Rio Paraíba.
CENTRAL TEM NOVO CHEFE DE
GABINETE-4 DE SETEMBRO DE 1960
(DIÁRIO CARIOCA)
RIO – O engenheiro William
Paulo Maciel assumiu, ontem, pela manhã, o cargo de chefe de gabinete do
diretor da Estrada de Ferro Central do Brasil, para que foi nomeado em
substituição ao engenheiro Oto Novais, aposentado após 40 anos de serviço.
O sr. William Paulo Maciel,
que é professor auxiliar do Instituto de Eletrotécnica da Universidade do
Brasil e professor de Viação da Escola Nacional de Engenharia, ocupava desde
1959 a chefia do Departamento do Pessoal da Central.
SALTO FUNIL
O novo chefe de gabinete da
Diretoria da Central participou da Comissão que preparou o projeto de
aproveitamento hidrelétrico do Salto Funil, do qual resultará na semana que vem
a constituição de uma empresa, a “CHEVAP”,
segundo planos já aprovados pelo Conselho Nacional de Águas e Energia Elétrica
e pelo Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico.
A serviço da Comissão, o sr.
Maciel esteve em 1958 em Portugal, França, Alemanha e Itália acompanhando
trabalhos encomendados no estrangeiro sobre o aproveitamento do Salto Funil.
Ingressou na Central do Brasil em 1947, como praticante técnico; em 1953,
chefiou a 1ª Inspetoria Regional de Eletrônica e, 1955, dirigiu a Estrada de
Ferro Teresa Cristina.
A solenidade de posse foi
presidida pelo diretor da Central do Brasil, sr. Jorge de Abreu Schilling e
assistida por outros altos funcionários.
COLUNA GUANABARA DIA A
DIA-CRÉDITO DE 48 MILHÕES PARA SOCIEDADE MISTA-12 DE SETEMBRO DE 1960
(ÚLTIMA HORA)
O sr. Sette Câmara enviou
mensagem à Assembleia Legislativa pedindo abertura de um crédito de Cr$ 48
milhões para a participação do Estado da Guanabara na sociedade de economia
mista, criada pelo Governo Federal, para aproveitamento hidrelétrico do Salto
do Funil, no Rio Paraíba, Estado do Rio de Janeiro.
DIRETORIA TOMA POSSE-28 DE
SETEMBRO DE 1960
(DIÁRIO DE NOTÍCIAS)
Tomou posse a primeira
diretoria da Cia. Hidrelétrica do Vale do Paraíba, assim constituída:
presidente, José Varonil de Albuquerque Lima; vice-presidente, Luís Gonzaga de
Aquino; diretor-administrativo, Augusto de Carvalho; diretor-técnico, Léo
Ferraz; diretor-comercial, Arino de Mattos e diretor-financeiro, Álvaro
Lameiras. Os acionistas principais são o Banco Nacional do Desenvolvimento
Econômico e os Estados de São Paulo, do Rio e Guanabara (10% cada).
REPRESENTANTE DA RFF NO
CONSELHO DA HIDRELÉTRICA DO VALE DO RIO PARAÍBA-30 DE SETEMBRO DE 1960
(CORREIO DA MANHÃ)
Para representar a Rede
Ferroviária Federal no Conselho de Administração da Companhia Hidrelétrica do
Vale do Paraíba, a Diretoria da empresa indicou o engenheiro William Paulo
Maciel, técnico da Central do Brasil.
Colaborando desde o início,
com a iniciativa que visa o desenvolvimento da importante bacia hidrográfica,
aquele engenheiro representou a RFF no ato da constituição da nova empresa
hidrelétrica, realizado no BNDE. A RFF participará com 3% do capital da
empresa.
HIDRELÉTRICA DO VALE DO
PARAÍBA-OUTUBRO DE 1960
(REVISTA DA ASSOCIAÇÃO
COMERCIAL)
Criada recentemente e tendo
como acionista o Banco Nacional do Desenvolvimento Econômico (51%), Estados de
São Paulo, Rio e Guanabara (10% cada), Cia. Siderúrgica Nacional (8%), Rio
Light (8%) e Rede Ferroviária Federal (3%), a Cia. Hidrelétrica do Vale do
Paraíba realizou a posse de sua primeira diretoria, que é a seguinte: José
Varonil de Albuquerque Lima, presidente; Luiz Gonzaga de Aquino,
vice-presidente; Augusto de Carvalho, diretor-administrativo; Léo Ferraz,
diretor-técnico; Arino de Mattos, diretor-comercial e Álvaro Lameiras,
diretor-financeiro.
A parte inicial dos
trabalhos da Companhia Hidrelétrica do Vale do Paraíba será a construção da
Usina do Salto-Funil, no Município de Resende, com capacidade para 210.000 KW,
além de contribuir para a regularização do regime do Paraíba.
COLUNA INTERIOR
FLUMINENSE-PLATAFORMA DO PARAÍBA NO ESTADO DO RIO-12 DE OUTUBRO DE 1960
(ÚLTIMA HORA)
Segundo revelações feitas
por fontes autorizadas do Ministério da Viação e do Banco Nacional do
Desenvolvimento Econômico, o Governo do sr. Juscelino Kubitschek pretende
deixar para seu sucessor inteiramente completado o planejamento técnico do
aproveitamento hidrelétrico do Paraíba, a transformação do Vale numa das
maiores plataformas industriais do Hemisfério. O órgão executor do grande
planejamento é a Companhia Hidrelétrica do Vale do Paraíba, sociedade de
economia mista já constituída com a participação da União, do Estado do Rio e
de autarquias, estando em fase de legalização jurídica para próximo
funcionamento.
DIRETORIA DO PESSOAL DA
ATIVA DO EXÉRCITO-NOMEAÇÃO-13 DE OUTUBRO DE 1960
(CORREIO DA MANHÃ)
Pelo ministro –Nomeação- O
major de infantaria “T” Hermelindo Pulchério, para, sem prejuízo das suas
funções representar o Ministério da Guerra como membro do Conselho de
Administração da Companhia Hidrelétrica do Vale do Paraíba, de acordo com a
letra “b” do artigo 27, Capítulo VI, dos Estatutos da referida Companhia.
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