Como a Light engavetou o projeto de uma usina para atender as necessidades da Rede Ferroviária Federal-Estrada de Ferro Central do Brasil, a RFF formou um grupo de trabalho para estudar a região entre Cachoeira Paulista e Resende. Logo depois, o Governo Federal formou um grupo com representantes de outros órgãos federais para depois criar uma empresa com fim específico.
PRESIDÊNCIA DA
REPÚBLICA-MEMBRO DO CNAEE-12 DE JULHO DE 1950
(DIÁRIO DE NOTÍCIAS)
O presidente da República
assinou decreto, nomeando membro do Conselho Nacional de Águas e Energia Elétrica,
a partir de hoje até 12 de julho de 1955, José Varonil de Albuquerque Lima.
REPRESENTANTES FLUMINENSES
NA COMISSÃO DO VALE DO PARAÍBA-1º DE AGOSTO DE 1951
O governador Amaral Peixoto
designou os representantes do Estado do Rio nas reuniões que se realizarão no
Ministério da Viação entre representantes dos Governos Federal e dos Estados de
Minas e São Paulo, objetivando a organização de um plano geral, cuja execução
possa proporcionar melhor aproveitamento da região compreendida na Bacia do Rio
Paraíba.
Os representantes
fluminenses designados são só seguintes: Manuel Pacheco de Carvalho, secretário
de Viação; Paulo Fernandes, secretário de Agricultura; deputados federais Hélio
de Macedo Soares e Silva, Saturnino Braga e Saulo Brand; engenheiros Rubens
Caminha, diretor de Estradas e Rodagem; Areia Leão, diretor de Obras
Hidráulicas; Rodolfo Veloso, diretor dos Portos Estaduais; Abelardo Carmo Reis,
diretor de Energia Elétrica e o geólogo, Alberto Lamego.
NA VIZINHANÇA DO DISTRITO
FEDERAL E DE SÃO PAULO-O PARAÍBA É O RIO CUJA BACIA APRESENTA, NO SUL DO PAÍS,
MAIORES POSSIBILIDADES GEOECONÔMICAS-15 DE AGOSTO DE 1951
(DIÁRIO DA NOITE)
GRANDES OBRAS PROJETADAS
PARA RECUPERAÇÃO DA ÁREA QUE TÃO DECISIVO PAPEL DESEMPENHOU NO IMPÉRIO-NOMEADA
A COMISSÃO QUE ELABORARÁ O PLANEJAMENTO
O ministro Souza Lima,
titular da pasta da Viação, vem de nomear uma Comissão com a incumbência de
elaborar o planejamento de obras e serviços que objetivem o melhor
aproveitamento e o desenvolvimento sob todos os aspectos da Bacia do Paraíba.
A Bacia do Rio Paraíba
adquire, cada vez mais, marcada importância econômica e industrial, e deve
recuperar o valor agropecuário que outrora teve. (...) Será integrada dos
seguintes membros: representantes do Ministério da Viação (Camilo de Menezes),
Instituto Ferroviário de Pesquisas Técnico-Econômicas, Ministério da
Agricultura, do Estado de Minas Gerais (John Cotrim, Lucas Lopes), do Estado de
São Paulo, do Estado do Rio de Janeiro, do Conselho Nacional do Petróleo, do
Conselho Nacional de Águas e Energia Elétrica (José Varonil de Albuquerque Lima),
da COBAST.
REUNE-SE HOJE A COMISSÃO DO
VALE DO PARAÍBA-25 DE AGOSTO DE 1951
(GAZETA DE NOTÍCIAS)
Hoje às 16:00, terá lugar no
gabinete do ministro da Viação, uma reunião dos elementos que compõem a
Comissão do Vale do Paraíba, tendo por escopo tratarem de assuntos ligados ao
aproveitamento da aludida reunião. A reunião em apreço, contará com a presença
do titular da Viação, deputados e jornalistas.
COMISSÃO DO VALE DO
PARAÍBA-25 DE AGOSTO DE 1951
(DIÁRIO CARIOCA)
Instalou-se ontem no
gabinete do ministro da Viação, a “Comissão
do Vale do Paraíba”, tendo o sr. Souza Lima discursado dando início aos
trabalhos.
A Comissão conta com
representantes do Estado de Minas, São Paulo e Rio de Janeiro e ficou assim
constituída: presidente, ministro Souza Lima; srs. Lucas Lopes, Décio
Vasconcelos, John Cotrim, Demerval Pimenta, José Soares Gouveia, Otávio Ferraz
Sampaio, Célio Ferreira, Lair Castro Cotti, Rui Miller Paiva, Paulo Rocha
Tavares, Rubens Caminha, Areia Leão, Rodolfo Veloso, Abelardo Lamego, além de
representantes dos Ministérios da Viação e da Agricultura.
CONSTITUÍDA E INSTALADA A
“COMISSÃO DO VALE DO PARAÍBA”-25 DE AGOSTO DE 1951
(DIÁRIO DE NOTÍCIAS)
(CORREIO DA MANHÃ)
DE MAIOR IMPORTÂNCIA PARA O
PLANO ORA EM ESTUDO-PALAVRAS DO MINISTRO DA VIAÇÃO NA SOLENIDADE
Realizou-se ontem à tarde,
no gabinete do ministro da Viação a solenidade de instalação da “Comissão do Vale do Paraíba”:
“Estou
certo de que esta Comissão irá prestar à Bacia do Paraíba e, portanto, ao
Brasil os maiores serviços e é nesta certeza que eu saúdo a todos os seus
componentes. Apraz-me informar que as variantes da Central do Brasil, de maior
importância no plano de desenvolvimento que vamos estudar, prosseguem
ativamente e breve estarão concluídas. Também assim a primeira pista da rodovia
Rio-São Paulo. É de grande importância, a ligação direta dessa rodovia à
Rio-Bahia, com a atual passagem forçada pela cidade do Rio de Janeiro, subindo
e descendo a Serra do Mar. Essa ligação, mais ou menos de Barra Mansa a Três
Rios, passando por Barra do Piraí está com seus estudos quase concluídos pelo
Departamento Nacional de Estradas de Rodagem. Realização da maior importância
será a execução da Usina Hidrelétrica do Salto, que a Central do Brasil está
estudando. Já ficou assentado por seu ilustre diretor, que embora a Estrada só
necessite de cerca de 40.000 HP, quando já se verificou a possibilidade de
obter de 200.000 a 250.000 HP, essa será a potência da Usina a construir, para
o que poder-se-á talvez estudar a constituição duma sociedade de economia
mista, da qual a Central participaria e que poderia não só construir e explorar
essa Usina como a destilaria e a refinaria dos xistos betuminosos de Taubaté.
Teremos assim assegurados na Bacia do Médio Paraíba um fornecimento de energia
elétrica de muito superior ao que ela hoje possui, bem como o fornecimento de
óleo diesel às ferrovias que a servem. Está igualmente em estudos um plano de
rodovias de turismo, a serviço das estações de águas, plano esse que
beneficiará igualmente a Bacia Paraibana. Vemos que muita coisa é possível
fazer-se num planejamento de projetos, numa conjugação de esforços, ordenado
para um fim comum. Está empossada a Comissão”.
COMO FICOU CONSTITUÍDA A
COMISSÃO
A Comissão do Vale do
Paraíba, que conta com a participação de representantes dos Estados de Minas,
São Paulo e Rio de Janeiro, além de representantes do Parlamento Nacional:
Presidente: ministro da
Viação Souza Lima; representantes do Ministério da Viação e Obras Públicas, engenheiro
Luís Antônio de Mendonça Júnior, chefe do gabinete; engenheiro Vicente de Brito
Pereira Filho, diretor do DNER; engenheiro Edmundo Regis Bitencourt, diretor do
DNEF; engenheiro Gilberto Canedo de Magalhães, diretor do DNFRC; engenheiro
Camilo de Menezes, diretor do DNOS, engenheiro Rui Maurício de Lima e Silva,
diretor do DNIC; coronel Eurico de Sousa Gomes Filho, diretor da EFCB; coronel
Gashipo Chagas Pereira, administrador da Leopoldina; engenheiro Jerônimo
Monteiro Filho, secretário; Francisco Mendes, diretor geral do MVOP;
representantes do Ministério da Agricultura, engenheiro agrônomo Antônio da
Cunha Bayma, diretor da Divisão de Fomento da Produção Vegetal; Augusto de
Oliveira Lopes, inspetor de Produtos de Origem Animal; engenheiro Raimundo
Francisco Ribeiro Filho, da Divisão de Águas; representantes do Estado de Minas
Gerais: engenheiro Lucas Lopes, engenheiro Décio Vasconcelos, engenheiro John
Cotrim, engenheiro Demerval Pimenta; diretor da Rede Mineira de Viação,
engenheiro agrônomo José Soares Gouveia; representantes do Estado de São Paulo:
engenheiro Otávio Ferraz Sampaio, diretor da Inspetoria do Serviço Público,
engenheiro Célio Ferreira, engenheiro agrônomo Lair Castro Cotti, engenheiro
agrônomo Rui Miller Paiva; engenheiro agrônomo Paulo Rocha Tavares;
representantes do Estado do Rio de Janeiro: engenheiro Rubens Caminha, diretor
do Departamento de Rodagem do Estado, engenheiro Areia Leão, diretor de Obras
Hidráulicas; engenheiro Rodolfo Veloso, diretor dos Portos Estaduais, engenheiro
Abelardo do Carmo Reis, diretor dos Serviços de Energia Elétrica; engenheiro
geólogo Alberto Lamego; representante do Conselho Nacional de Petróleo,
engenheiro Ademir Mota Borges; representante do Conselho de Águas e Energia
Elétrica, tenente-coronel José Varonil de Albuquerque Lima; representantes da
Cia. Brasileira Administradora do Serviço Técnico “COBAST”, engenheiro Benjamim Franklin Barros Barreto, comandante
José Garcia de Aragão; consultores: engenheiro Lino Amaral, secretário de
Viação e Obras Públicas do Estado de São Paulo, Antônio Oliveira Costa,
secretário da Agricultura do Estado de São Paulo, engenheiro Manuel Pacheco de
Carvalho, secretário da Viação do Estado de Minas Gerais; Tristão da Cunha,
secretário da Agricultura do Estado de Minas Gerais; senador Artur Bernardes
Filho e deputado Carlos Luz, Salo Brand, Saturnino Braga e Hélio de Macedo
Soares e Silva.
PARA A REUNIÃO DA COMISSÃO
DO VALE DO PARAÍBA-27 DE AGOSTO DE 1951
(A NOITE)
Para participar da primeira
reunião da Comissão do Vale do Paraíba, chegou a esta capital num Bandeirante
da Panair, o sr. Tristão da Cunha, secretário da Agricultura de Minas Gerais.
Designado pelo governador
Juscelino Kubitschek para integrar aquele importante órgão criado em
consequência de entendimentos havidos entre os Governos dos três Estados
interessados no aproveitamento daquela rica e futurosa região, o sr. Tristão da
Cunha terá como companheiros na representação mineira os srs. Lucas Lopes,
Décio Vasconcelos, John Cotrim, Demerval Pimenta e José Soares.
Na mesma aeronave, chegou ao
Rio também o sr. José Esteves Rodrigues, secretário da Viação de Minas, e a
quem caberá a execução, no setor dos transportes, de importantes realizações
ligadas aqueles entendimentos, tais como a da construção da rodovia São Paulo-Belo
Horizonte.
APROVEITAMENTO DOS RECURSOS HIDRÁULICOS DO PARAÍBA-10 DE JULHO DE 1953
APROVEITAMENTO DOS RECURSOS HIDRÁULICOS DO PARAÍBA-10 DE JULHO DE 1953
(CORREIO DA MANHÃ)
O embaixador Lourival Fontes
recebeu ontem no Catete o presidente do Conselho Nacional de Águas e Energia
Elétrica, general Pio Borges, acompanhado dos srs. coronel José Varonil
Albuquerque Lima, Ruy Maurício de Lima e Silva, Djalma Alves Maia, Otávio Ferraz
Sampaio, José Leite Corrêa Leal e Abelardo do Carmo Reis, membros da Comissão
incumbida de promover os estudos do aproveitamento dos recursos hidráulicos do Rio
Paraíba e seus afluentes, para a produção de energia elétrica.
Nessa oportunidade foi entregue
para apreciação do presidente um relatório encerrando um estudo completo sobre
o assunto, destacando-se a sugestão relativa à instituição de uma sociedade de
economia mista que terá a incumbência de promover o aproveitamento dos amplos
recursos naturais daquele rio, para a produção de energia elétrica, e, mediante
a regularização do seu regime por meio de barragens, propiciar os meios
sistemáticos à navegação, aos suprimentos d’água às cidades marginais e aos
serviços de irrigação em todo o extenso vale.
REVELA O MINISTRO DA VIAÇÃO:
SERÁ FACILITADA A IMPORTAÇÃO DE GERADORES PARA ATENUAR A CRISE DE ENERGIA
ELÉTRICA-12 DE AGOSTO DE 1953
(CORREIO DA MANHÃ)
A SOLUÇÃO DO PROBLEMA
DEPENDE TAMBÉM DO APROVEITAMENTO DO POTENCIAL DO PARAÍBA, INFORMA O SR. CLEOFAS
Os ministros João Cleofas,
José Américo e João Goulart discutiram ontem em conjunto as consequências da
crise de energia elétrica, particularmente no Distrito Federal e em São Paulo,
assentando providências para melhorar o suprimento de eletricidade nos principais
centros industriais do país. Na mesma ocasião trataram do aumento as tarifas, a
fim de atenderem ao pedido de aumento dos trabalhadores do setor de gás e
energia da Light.
INFORMAÇÕES DO MINISTRO DA
VIAÇÃO
O sr. José Américo declarou
que deverá ser executado um programa de instalação de usinas, no período de
quatro anos, e que contribuirá sensivelmente para atenuar a crise de energia.
“Esse
programa gira em torno do aproveitamento do potencial hidrelétrico do Paraíba.
Uma comissão já estudou devidamente suas possibilidades. A crise no momento
está muito grave. Em setembro, porém, haverá mais 70.000 KW, porque entrarão em
carga dois geradores da usina subterrânea de Forçacava. Melhorarão as condições
do racionamento, com toda a certeza”.
A SOLUÇÃO DE EMERGÊNCIA
Informou ainda o sr. José
Américo que podem ser tomadas providências imediatas para atender às exigências
da demanda, que está sempre aumentando. Assim, a CEXIM foi autorizada pelo presidente
da República, a ceder com as disponibilidades, esperando-se que entrarão muitos
geradores para a indústria.
PRIORIDADES
Falou, também, o sr. João
Cleofas. Disse que no fornecimento de eletricidade algumas indústrias precisam
de prioridade. Citou as de alimentação. Estas não podem diminuir a produção. Quanto
ao problema de São Paulo, está ligado ao aproveitamento do potencial do
Paraíba, pois este rio corta grande faixa desse Estado.
O DESEMPREGO
Ouvimos, a seguir, o
ministro do Trabalho sobre a situação da indústria e dos trabalhadores.
“A
situação, respondeu, está realmente crítica, em São Paulo e no Distrito
Federal. Há fábricas paralisadas muitas horas diariamente. Decresce, em
consequência, a produção industrial, e o decréscimo provoca a elevação dos
preços. Os trabalhadores das indústrias mais atingidas estão sofrendo redução
nos salários, porque não trabalham oito horas diárias. Não existe, porém,
desemprego em massa. Com a importação de geradores haverá mais energia, e a
situação melhorará”.
O PLANO DO PARAÍBA
O plano de aproveitamento do
Paraíba foi elaborado por uma comissão de técnicos do Conselho Nacional de
Águas e Energia Elétrica. Foi entregue ao sr. Getúlio Vargas nos primeiros dias
do mês de julho. O coronel José Varonil de Albuquerque Lima, professor de
Produção e Transmissão de Eletricidade da Escola Técnica do Exército, foi o
presidente da Comissão.
O AUMENTO DO PESSOAL DA
LIGHT E DAS TARIFAS
Os ministros da Viação,
Agricultura e Trabalho tomaram as últimas medidas sobre o aumento do pessoal do
setor de gás e energia elétrica da Light. As tarifas serão aumentadas dentro de
poucos dias. A portaria a respeito será publicada brevemente no Diário Oficial
e a melhoria vigorará desde 1º de agosto. O sr. Luiz Miranda, presidente do
Sindicato do Trabalhadores em Energia Elétrica e Gás, pronunciou, após a
reunião dos ministros, breves palavras de agradecimento, porque disse,
resolveram a questão em pouco tempo.
PERCENTAGENS DE AUMENTO
Na energia elétrica, o
reajustamento tarifário para o aumento de salários será mais ou menos 13,30%
para o Rio de Janeiro, 10,70% para São Paulo e 7,60% para Santos, a título
precário que será lançado em conta especial devendo uma comissão
interministerial constatar a receita desse aumento, e qualquer superávit
reverterá na imediata redução das respectivas taxas.
No gás, o aumento de tarifas
deverá corresponder a 7,9%.
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